sexta-feira, maio 14, 2010


"Nananinanão! Eu Vivi!

Eu não quero ir com a corrente, nem quero ser incoerente no meu pensar e no meu fazer. É muito fácil ir pelo mais fácil, abandonar o fácil é que é muito difícil. Mas eu não quero, eu me recuso, eu me renego; pois dentro de mim tem algo que chama, que clama e muito reclama por eu não escutar, por até hoje não parar para pensar que eu não nasci para aceitar. Não nasci pra aceitar essa vida medíocre, essa meia-vida, que passa batida numa longa avenida. Eu quero curvas, subidas, descidas, quero correr nas estradas e poder parar quando quiser apreciar uma paisagem. Quero viver tudo sem blindagem. Quero a emoção intensa, seja qual for a sentença. Decolar nos mais altos, mergulhar nos mais baixos, me fechar no casulo até onde se pode chegar, o mais íntimo que se possa alcançar, me descobrir, me conhecer, me investigar; pra depois explodir e multiplicar, o próximo explorar, ter certeza do que sou para poder doar. Para compartilhar os sentimentos humanos… seus acertos, seus enganos, e os prazeres simples do cotidiano. Quero o gelo que trinca e o fogo que arde – cansei de ser covarde! Vou me jogar de peito aberto, cara limpa e rumo incerto. Que venham os tomates, as vaias, os disparates… que digam que sou louca, que pirei, enlouqueci, pelo menos saberei que não apodreci. E ao final da linha, encherei minha boca para afirmar que vivi.
0

0 Comentários: